quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NOSSA HISTÓRIA

       O Núcleo de Apoio aos Doentes do Interior (NADI) surgiu da iniciativa de um jovem chamado Miguel Andrade que aos dezoito anos entrou para Ordem dos Frades Menores, mas depois de três anos de estudos da Teologia Miguel percebeu que não tinha vocação para a vida religiosa, sendo assim abandonou o seminário e em 1991 junto com amigos criou uma casa que retira doentes das portas dos hospitais da rede pública do Recife, região metropolitana e interior do estado de Pernambuco que dormiam nas calçadas em frente a esses órgãos a espera da hora da consulta.
       O atendimento da instituição é 90% voltado a pessoas com câncer os outros 10% é formado por pessoas com outras enfermidades. Todos recebem comida, lugar para dormir, transporte para o hospital enfim, tudo que é possível de acordo com as condições financeiras de uma casa humilde, mas cheia de carinho e respeito ao ser humano.
        Hoje o NADI acolhe 40 pacientes, entretanto a instituição tem 50 leitos organizados em três quartos. O núcleo tem Estatuto próprio, registro em cartório e na Receita Federal, tendo como C.N.P. J: 03.393.035/0001-59. Requisitos imprescindíveis para sua existência como entidade filantrópica.

A ÉTICA DE “SER” HUMANO


       Nascido no São Vicente Ferrer-PE, Miguel Andrade mudou-se para o Recife com objetivo de seguir uma vida religiosa tornando-se seminarista franciscano, mas, após três anos de seu início vocacional Miguel descobriu que sua vocação estava além das paredes do claustro. Orar e visitar os enfermos já não era o suficiente ele queria cuidar do próximo diariamente; apaziguando suas dores e para que isso fosse possível ele deixou o seminário e em 1991 juntando umas poucas economias alugou uma casa que hoje é a sede do NADI (Núcleo de Apoio aos Doentes do interior), cujo atendimento é 90% voltado a pessoas com câncer. Porém o NADI não possuía o alvará de funcionamento junto a Prefeitura do Recife e por essa razão Miguel não tinha o apoio de que tanto precisava para manter a instituição que até hoje é filantrópica.
     Sozinho e sem nenhuma ajuda Miguel arregaçou as mangas produziu pequenos panfletos e saio em busca de uma mão amiga; peregrinou pelas ruas, pontes, ônibus, praças e até mesmo dentro de hospitais do Recife e região metropolitana pedindo esmolas. “Certa vez fui detido dentro de um hospital por pedir esmolas para ajudar os doentes que eu levava para uma consulta”.  Muitas famílias negam-se a cuidar de seus parentes; ajudar o próximo não é algo tão comum, algumas pessoas disseram a Miguel que preferem cuidar de animais que cuidar de pessoas. Eis a fonte do descaso que originou a escolha do trabalho de Miguel que afirma só pretende deixar quando morrer. “Estou ajudando os seres humanos; e fazendo isso ajudo a mim mesmo. Às vezes fico pensando em como eles vão ficar depois que eu morrer. Deus proverá”.
    O NADI cuidou clandestinamente de seus doentes até 1999 quando teve seu registro feito em cartório e também criou seu próprio estatuto. Tornando-se legalizada a instituição passou a receber ajuda de empresas e pessoas interessadas em sua causa humanística, mas a chegada de feriados e datas festivas trás um certo esquecimento a seus benfeitores; por isso toda ajuda é bem vinda e seus beneficiados atestam a importância das colaborações ao trabalho de Miguel. “Aqui eu me sinto bem; aqui vou ficar seu Miguel é mais que a minha família”, Beatriz de Souza 65 anos. Única moradora fixa do NADI há quatro anos. Dona Beatriz veio de Ribeirão (interior pernambucano) para o Recife trazida por seus familiares, para tratamento no hospital Oswaldo Cruz. Porém após o internamento dona Beatriz foi abandonada por sua família a qual não vê até o presente momento. Hoje Beatriz de Souza faz parte da diretoria do NADI ajudando a Miguel e a Saulo um taxista que encontrou Miguel na estrada levando doentes ao hospital a pé, pois não havia dinheiro para completar as passagens.

 Jackslene Silva

NECESSIDADES MAIS URGENTES

Leite para os pacientes que com câncer de garganta que têm dificuldade para deglutir.

Alimentos em geral;

Material de higiene pessoal

Material de limpeza
Roupas, toalhas, cobertores
Gás de cozinha

OUTRAS FORMAS DE AJUDAR

Materiais eletrônicos mesmo usados como: Televisão, rádios, ventiladores, liquidificadores entre outros utensílios que servirão para fazer bazar.
Ou através do Banco Bradesco Agência 3201 Conta: 0501.710-6.
Nossa instituição não recebe verbas de nenhum órgão público, sobrevivemos 100% de doações.

AGRADECEMOS A AJUDA

Tribunal de Justiça de Pernambuco
Tribunal de Justiça de Ipojuca
Corpo de bombeiros de Pernambuco
Todas as entidades religiosas: espíritas, católicas, evangélicas e etc.